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Design, UX e Empreendedorismo

Design, UX e Empreendedorismo
Ubiratan Silva
May. 30 - 5 min read
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Desde que me formei em comunicação social - Publicidade e Propaganda voltei minha atuação profissional para a área de design. Inicialmente design gráfico e logo em seguida para o design digital. Foi uma escolha minha, um direcionamento que me coloquei a partir do meu interesse e paixão por computação gráfica, jogos eletrônicos, tecnologia e arte, desenho, pintura, criação de coisas que encantam as pessoas, que as emocionam de alguma forma.

O design se apresentava para mim como a intersecção perfeita entre essas atividades e o período que comecei a atuar marcou quem sabe uma das maiores transições tecnológicas que os seres humanos já tenham presenciado. A partir de 1995 com a internet começa o veloz processo de digitalização de tudo. O analógico começou a ser gradativamente substituído por elementos digitais que prometiam características avançadas em relação a tudo que fazíamos até então e isso mudou nossa relação com o trabalho, com a diversão, com as ferramentas, com o consumo de conteúdo cultural, entretenimento, etc.

Essa mudança que ainda estamos a viver, visto que não fazem nem 50 anos da existência da internet, essa transição do analógico para o digital, continuam a influenciar fortemente nossas relações e hoje com redes sociais, smartphones entre outras coisas, nós humanos de gerações em transição ainda estamos aprendendo a lidar, estamos como disse um amigo professor do MIT, sendo alfabetizados digitalmente e eu enxergo nisso inúmeras possibilidades e oportunidades que me afirmam que fiz uma escolha certa ao optar pelo design como atividade profissional.

Ninguém melhor que um designer para entender a complexidade do mundo em que vivemos, os diferentes tipos de perfis de personalidade e contextos onde estes indivíduos estão inseridos e que necessidades estes seres possuem e como atendê-las. Poucos profissionais tem em seu DNA a necessidade de trabalhar em equipes que envolvam conhecimentos de áreas diversas para construção de soluções complexas que resolvam os problemas dos indivíduos do mundo de hoje. Um designer sempre desenhará e criará algo para alguém, para resolver o problema de alguém ou auxiliar esse alguém a realizar uma tarefa com menos esforço, mais conforto, mais eficiência e gerando mais valor, logo a empatia é competência básica para atuar nessa profissão.

E já que chegamos na empatia, é importante sempre ressaltar que essa competência talvez seja a base para qualquer projeto de user experience (UX)e em um mundo interconectado e complexo como o atual, essa competência tem um enorme valor, e sim, pode ser desenvolvida, aprendida e praticada, afinal de contas como projetar sem se colocar no lugar de quem vai usar nossa solução. Em se tratando de design digital, ou experiências em ambientes digitais então muito mais, pois como projetar interfaces que facilitem a relação do homem com o computador, esse elemento cada vez mais onipresente em nossas vidas?

Para responder esta questão o design tem-se transformado ao longo do tempo em uma área de conhecimento que se apoia muito em pesquisa, e mesmo que exista ainda a discussão se design é ou não uma ciência, muito da pesquisa científica tem sido aplicado em projetos de design com grande êxito, visto que pesquisa existe nas mais diversas áreas do conhecimento e quando se trata de pessoas, a psicologia, a sociologia, a comunicação que envolve linguística, semiótica tem muito a contribuir para entender usuários e seus contextos para que se projetem soluções que tornem suas vidas mais simples e fácil.

Então surgem os departamentos de P&D, pesquisas com usuários (UX Research) e as mais diversas técnicas de pesquisa científica começaram a ser aplicadas em projetos de produtos e serviços do mercado, o que de certa forma aproximou o mundo acadêmico do mercado e criou mais um caminho para os designers atuarem.

Tudo isso para dizer que um mundo complexo e interconectado como o que vivemos é um celeiro fértil de oportunidades, terreno sedento por empreendedores que compreendam as pessoas, os contextos e saibam extrair desse universo as informações certas para depois projetar soluções que facilitem a vida de todos.

Como designer UX você pode atuar com pesquisa, com prototipação, com gestão de projetos e de pessoas, com eventos sobre o assunto, com design de interfaces, enfim um campo vasto de atuação e útil a todos os produtos/serviços que existem no mundo real e/ou virtual.

Então fica o meu chamado: designers do mundo, estudem sempre, afinal de contas você escolheu uma área fantástica e absolutamente criativa para se profissionalizar, pesquisem sempre e apliquem a empatia em todas as situações em que isso for possível, tenham ideias, mas mais do que isso desenvolvam ela, trilhem o caminho que leva do esboço ao sucesso final passando por todos os desvios do caminho e sobretudo, empreendei;-)


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