Dia desses, conversando com um colega sobre mindfulness e meditação, ele me informou que ainda não tinha elementos para avaliar se realmente estas duas atividades colaborariam para melhorar o desempenho das pessoas.
Este meu colega ocupa um cargo de liderança em uma multinacional e representa uma boa parcela das pessoas que estão ocupadas em resolver problemas em seus cotidianos e não tem tempo para treinar suas mentes para uma visão menos cética de técnicas reconhecidas há milênios.
O que também corrobora para este ceticismo é que as pesquisas mais proeminentes não são divulgadas de forma tão massiva nas mídias tradicionais.
Uma pesquisa feita em 2010 pelos psicólogos Matthew A. Killingsworth e Daniel T. Gilbert, da Universidade de Harvard, com 5000 pessoas para medir a distração mental usando um aplicativo de iPhone que mede a quantidade de vezes que uma pessoa encontra-se distraída durante o dia (divulgada pela Science – https://science.sciencemag.org/content/330/6006/932.full).
“Esse estudo mostra que nossas mentes são permeadas, em um nível impressionante, pelo não-presente”, diz Killingsworth, um dos psicólogos autores do estudo.
Alguém poderia imaginar que a maior parte dessas pessoas que estavam distraídas assim estavam porque suas tarefas eram desinteressantes.
Mas a pesquisa nega claramente essa possibilidade com dois resultados curiosos:
1. a natureza das atividades tinha pouco impacto na motivação para suas mentes divagarem; e
2. a natureza das atividades tinham quase nenhum impacto no prazer dos assuntos pelos quais as mentes dessas pessoas se sentiam atraídas para divagar.
Ou seja, em termos grosseiros, poderíamos dizer que qualquer que seja a atividade que você está realizando, sua mente se distrai e vai para outro lugar a maior parte do tempo, ocasionando insatisfação no que quer que seja que exija a atenção e consequentemente diminuindo sua produtividade.
Uma empresa é repleta de pessoas que passam pelo mesmo problema, e não sabem que mindfulness e meditação são técnicas para treinar a mente para perceber estas distrações e retornar o mais rápido possível à atividade a ser executada.